Utilização do óleo do motor: Mitos e verdades
O uso do óleo de motor é essencial para o normal funcionamento do carro, mas será verdade tudo o que se diz sobre o tema?
09/09/2019
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O uso do óleo de motor é essencial para o normal funcionamento do carro, mas será verdade tudo o que se diz sobre o tema?
Quando se trata de preservar e cuidar do nosso carro, “cada um tem os seus truques”, mesmo que no manual do fabricante estejam todas as indicações, os passos de substituição e manutenção de cada peça do carro, ainda há aqueles que se aventuram a seguir os conselhos dos amigos próximos, ler revistas especializadas, etc...
Quando falamos no uso do óleo para motor, a primeira coisa que devemos saber, é que ele é indispensável para o motor não gripar, caso aconteça, é provável que irá ter mais vontade de trocar de carro do que de motor. Sendo esta a regra d’Ouro, quais são os mitos e verdades sobre o uso do óleo de motor?
5 mitos e verdades sobre o uso do óleo do motor
- O óleo mineral é melhor que o sintético
Na “era do eco” onde os produtos naturais são vistos com melhores olhos, na altura de escolher, sabemos que o óleo mineral utiliza propriedades obtidas directamente na natureza ao invés do sintético, que lembra algo processado, com conotações negativas.
Realidade: óleos sintéticos são obtidos em laboratório para se adaptarem especificamente às necessidades de cada veículo, é por isso que oferecem melhor eficiência em relação ao mineral, sendo que este último está limitado a certas temperaturas e com durabilidade inferior em quilómetros. Se este argumento não for suficiente, o factor ecológico também não mudará a sua opinião já que são ambos recicláveis.
- Quanto mais, melhor
Um princípio aplicado a qualquer fluido que melhore o funcionamento de máquinas. Entenda-se que se o óleo é essencial, quanto mais quantidade usarmos, melhor será o cuidado com o motor e mais tempo levará a gastar-se.
Realidade: a razão pela qual a vareta de verificação do óleo ter duas marcas, mínimo e máximo, é porque deve sempre manter a quantidade de óleo entre esses dois limites, sem ficar aquém, mas também sem exceder. Demasiado óleo causa excesso de calor, além de puder respingar para os cilindros que produzirão combustão, ambas consequências fatais para a vida do seu carro.
- Óleo preto = Falha do motor
Quando aplicamos óleo no carro é possível visualizar a sua cor e consistência do mesmo, indicando-nos a sua qualidade/estado, portanto, qualquer teste que faça em que a cor do óleo esteja mais escura ou até preta que o normal pode ser um sinal de alerta.
Realidade: esta é uma das razões pela qual a troca de óleo é recomendada numa oficina profissional: a falta de conhecimento sobre este tema pode fazer-nos pensar que um tom mais escuro ou uma cor preta é sinal de sujidade e isso assusta-nos. Na realidade, é carbono, sujidade das diferentes partes do motor que se acumulam no óleo como parte de sua função de limpeza (aos lubrificantes mais modernos são adicionados detergentes). Se está no óleo, não está noutras partes do motor, o que é bom!
- Nunca devo misturar óleos
Cada óleo é único e específico para cada motor. Misturá-los pode ser prejudicial, reduzindo a eficácia de cada um.
A realidade: é uma “meia verdade”. Se o índice de viscosidade e as qualidades forem semelhantes não haverá problema, contudo, deve evitar misturar óleos de diferentes tipos (minerais e sintéticos) pois perde-se a viscosidade, algo fundamental se fizermos a mudança por exemplo numa oficina em Évora (cidade conhecida pelas suas altas temperaturas). Em caso de emergência, é preferível misturar dois óleos do que circular sem, ou com o óleo num nível baixo.
- Troca do filtro e do óleo, no mesmo dia
Os filtros do carro são os elementos que mais trabalham: eles bloqueiam as partículas que circulam de peça-em-peça podendo até obstruí-las. A função do filtro é tão importante que se recomenda a sua mudança juntamente com o óleo.
A realidade: alterações e reposições de peças ou fluidos vêm especificadas no manual do fabricante. No caso do filtro, a maioria das oficinas opta por trocá-lo na mesma data da troca de óleo, quando atingidos os quilómetros indicados. No entanto, certos hábitos de condução e controlos adequados vão determinar uma maior ou menor flexibilidade destes parâmetros. A maioria das oficinas em Portugal, dados os hábitos dos portugueses, certamente propõe a mudança em conjunto.
Certifique-se diariamente do estado do seu carro. Tenha em especial atenção às indicações do manual para mudanças e manutenções, pelo menos uma revisão anual numa oficina em que confie, que lhe ensine o uso adequado do óleo do motor, mas principalmente, que lhe tire as dúvidas para que nada lhe soe a mito.
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