Como evitar avarias graves num carro manual
Vícios de condução tornam-se a grande fonte de avarias. Descubra quais os hábitos comuns que danificam um carro manual
03/03/2020
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Os condutores que sempre conduziram um carro de "mudanças clássicas" podem cair nos mesmos erros, ou ainda outros que sejam mais prejudiciais. Existem vícios de posturas e ações que danificam significativamente a embraiagem e outros componentes que atuam a partir da alavanca de engrenagem.
4 "Manias" de condução que DEVEMOS evitar ao utilizar um carro manual
Não forçar a condução em mudanças altas
“As regras” decretam que uma condução eficiente é circular na maior engrenagem possível, contudo, (e é aí que entra o nosso senso comum) devemos sublinhar que para tornar esta máxima válida, devemos sempre ter em atenção cada ocasião e circunstância na condução.
Se em qualquer caso nos limitarmos a conduzir com marchas altas, iremos forçar a junta da cabeça do cilindro, as buchas principais, o pé da biela do motor, e até mesmo, o cilindro.
Conduzir com a mão na caixa de velocidades
Este gesto que pode parecer inocente (mesmo com o cotovelo apoiado no apoio de braços) significa que os mecanismos internos da caixa de velocidades estão a ser constantemente pressionados, acusando o desgaste prematuro e causando folga nos rolamentos ou sincronizadores.
Estas pequenas, mas constantes ações, acabarão por causar vibrações e dessincronização entre as engrenagens, com um resultado “trágico” já que as engrenagens não entram ou saem correctamente da posição.
Não deixar o carro em ponto morto nos semáforos
As consequências que esta ação implica são semelhantes às referidas com a alavanca: exercemos uma força desnecessária no sistema que resulta em atritos e fricções no disco e nas peças que nele atuam. Algo que pode ser facilmente evitado se, ao pararmos, deixarmos o carro em ponto morto.
Utilizar a embraiagem mesmo quando não usamos as mudanças
A embraiagem só deve ser usada quando ocorre uma mudança de marcha, deve ser pisada a fundo e solta progressivamente.
Isto significa que, mesmo a uma mínima fricção, a qualquer momento em que o carro esteja a funcionar ou parado é totalmente desnecessário, improdutivo e prejudicial.
será este o princípio DO FIM DOS CARROS MANUAIS?
A incidência de automóveis manuais em Portugal e, em geral, na Europa, é muito superior à dos automóveis automáticos. Assim, 90% dos carros que passam pelas oficinas de Lisboasão manuais, restando apenas 10% dos condutores que utilizam carros automáticos.
Já se registam alterações (oferecidas por automóveis automáticos), que representam melhorias significativas na condução e evitam alguns incidentes já descritos neste artigo graças ao controlo da mudança de marcha, e sistemas inovadores como o de assistente de partida, pelo que estamos perante casos semelhantes a outras grandes mudanças já estabelecidas, como a do carburador pela injeção ou, desde há várias décadas, a manivela pelo motor de arranque.
Isto pressupõe que, embora a percentagem seja ampla e a favor dos automóveis manuais, o seu desaparecimento será determinado mais cedo ou mais tarde pelo mercado, o que,no caso do mercado americano, leva anos de vantagem distanciados aos 10% que apresentamos na Europa de automóveis manuais.
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